Grupo dos Amigos de Olivença pede a Portas que exija “anulação” da “megaprodução hostil”

20-02-2012
Grupo dos Amigos de Olivença pede a Portas que exija “anulação” da “megaprodução hostil”

Grupo dos Amigos de Olivença pede a Portas que exija “anulação” da “megaprodução hostil”

O Grupo dos Amigos de Olivença exortou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, a solicitar a “anulação” da parte de Espanha da “megaprodução hostil” para comemorar a Guerra das Laranjas de 1801.

Em entrevista à Lusa, depois de uma delegação do GAO ter sido recebida, esta manhã, pelo Grupo Parlamentar do CDS-PP na Assembleia da República, Fernando Castanhinha, presidente do GAO, deu nota da pretenção do Grupo que, pelo menos, o ministro dos Negócios Estrangeiros exija, em termos frontais, a anulação dessa festa. Para o GAO o ministro deve fazer todos os esforços diplomáticos necessários para fazer anular esta tentativa de mega-representação de uma guerra que levou à perda de Olivença.

O Presidente do GAO insistiu que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros deve pronunciar-se acerca da inoportunidade desta mega-representação, pois o silêncio do Estado português, poderá ser visto, em Portugal e Espanha, como uma anuência, uma cedência e um acordo tácito em relação à reclamação espanhola.

Entretanto esta “megaprodução” já motivou mesmo uma pergunta assinada por seis deputados do PS, enviada, na sexta-feira, ao ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.

Os deputados socialistas pediram ao Governo para tentar impedir a iniciativa, lembrando que o “assunto” de Olivença é “reconhecidamente delicado e tem-se revestido de cuidados especiais”, para “evitar ferir susceptibilidades históricas e nacionais”.

A pergunta está assinada pelos socialistas Maria de Belém Roseira, Alberto Martins, Paulo Pisco, Basílio Horta, Gabriela Canavilhas e Laurentino Dias.

Os deputados consideram que “seria avisado uma intervenção no sentido de impedir a realização da reconstituição da Guerra das Laranjas, para evitar melindres diplomáticos e nas populações de Olivença e nas de outros municípios vizinhos em Portugal”.

O GAO saúda a iniciativa dos seis parlamentares do PS e defende que esta megaprodução, que é hostil, deve ser anulada, merecendo a intervenção diplomática de Paulo Portas que deve ter uma posição muito mais activa. O mínimo que pode fazer é pedir pública e objectivamente, não de uma maneira sub-reptícia, clandestina ou em jogos de bastidores, a anulação da megaprodução.

Para o GAO, que considera que “a questão de Olivença deve ser posta em cima da mesa diplomática”, a recriação histórica “é uma provocação”.

Vemos esta festa como uma tentativa de alienação da própria população de Olivença, porque a querem pôr a celebrar a sua derrota e a dos seus antepassados.

 
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